Certa noite, tive a NOITE em meus braços
Ela contou as estrelas e as deu nomes
Marcou o horizonte com um simples traço
E tudo que era verbo virou pronome
Pouco falou-me de seus segredos noturnos
Seu rosto resplandecia na escuridão
Tinha olhos misteriosos e taciturnos
Capaz de abalar qualquer mortal o coração
Sua voz tinha uma melodia angelical
Seu toque congelava minha alma
E tudo que ela fazia era especial
Então falou-me de uma forma bem calma:
-Deixe-me ir agora a aurora já desponta
Quando meu amor chega, eu devo partir
Castigo que os deuses ainda nos aprontam
Essa é minha sina e meu caminho devo seguir.
E nesse momento parti meu coração ao meio
Metade eu a presenteei e a outra comigo jazia
Pra ela então perceber que aquele pobre mancebo
Que em seus braços dormia era seu amor, o DIA.
HamilQueiroz
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