quarta-feira, 20 de abril de 2011

Libertação

A cada instante me reinvento
Todo instante, perco, encontro, tento...
Vejo uma nova comunhão, não aquela,
Essa é sem sangue, sem corpo
Ainda que tragam o sangue
Ainda que tragam o corpo
Ainda que traguem o corpo
Tudo ficou para trás
Leve, frio e morto
Não importa o momento da razão
Mas o porquê e a convicção pertinente da decisão
Em vômitos, essa luz eu sigo
Seja ela o sol, um lampião...
Ah, vomitei-te tarde
Mas a tempo de sentir
O doce na boca e o amargo no estômago
Ficam na lembrança as gargalhadas lacrimais
O colorido da catedral e seus vitrais
O olhar feliz do aprendiz de feiticeiro
Os saraus de Mallarmé e seus convidados
Eros, Sócrates, Vinho, psique,
Gide, haxixe, Rimbaud, Narguilé.
E nesse turbilhão de ideias, pensamentos...
Eu, a cada instante me reinvento.

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