Sou pessimista por natureza
Na vida só vejo incertezas
O que eu começo nunca termino
O que eu sei nunca ensino
É na escuridão que vejo nitidamente
A bondade do homem refletida
No morto ainda fugaz
E uma vida de derrames corrompida
Ouço as dores daqueles que gritam
No caos inóspito e ainda existente
Se falar de caos os deuses se agitam
No santuário daqueles que acreditam
Mas já não escuto o canto do mundo
E nem a felicidade que ele trás
De rato a Raul ainda confundo
Imagino se um dia for capaz
Herdaria de um bom homem, a burrice
Do sincero e fiel a inocência
Jovem aborrecente a sua caduquice
Dos médicos de plantões onipotência
Hamilton Queiroz
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